Em caso raro, porca dá à luz 41 leitões e precisa da ajuda de outras leitoas para amamentar filhotes

Em caso raro, porca deu à luz a 41 filhotes em SC — Foto: Hernâni Funini

Uma porca que deu à luz 41 leitões precisou contar com a ajuda de outras duas fêmeas da granja, localizada em Faxinal dos Guedes, no Oeste de Santa Catarina, para garantir a amamentação de todos os filhotes. O parto foi considerado raro, já que a média é de 14 animais por gestação.

Como a leitoa possui apenas 14 tetas, a divisão assegura “boas condições aos leitões”, informou o veterinário sanitarista Anderson Simonato, que atua na granja, integrada à Seara. Lá vivem cerca de 2.500 suínos.

“Houve um número expressivo de nascidos, então, a gente precisou destinar alguns leitõezinhos para outras mães, devido à fêmea não ter a capacidade de amamentar todos eles”, explicou.

O especialista acredita que a fêmea pode ter tido uma superovulação e mantido todos os embriões. A gestação durou 114 dias desde o momento da inseminação. O parto aconteceu em 27 de março.

As adotantes, segundo ele, “são fêmeas que estavam com os partos previstos para os mesmo dias, e que nasceram menos leitões”.

Por falta de espaço, alguns filhotes foram ‘adotados’ por outras leitoas | Foto: Hernâni Funini

Superovulação

Simonato explica que a superovulação acontece no momento anterior à inseminação do animal e costuma depender de uma série de fatores. O número de filhotes foi o maior visto pela equipe.

“São condições que favorecem um maior número de ovulação: bem-estar animal, condições sanitárias e de melhoramento genético”, informou.

Para garantir bem-estar, segundo ele, os animais precisam ter acesso à água e ração de qualidade, além de terem uma dieta balanceada e específica para cada fase da vida.

“E também tem a parte do melhoramento genético. Cada vez mais tem se trabalhado para ter essa hiperprolificidade nessas fêmeas”, informou.

Apesar do número de filhotes muito além do esperado, o veterinário garante que a gestação fruto de uma superovulação não causa prejuízos à leitoa.

“Ela tem uma capacidade para manter essa gestação. Tanto é que a fisiologia do animal só permite manter essa gestação num número satisfatório se o corpo do animal permitir também. Então, se tiver um espaço reduzido, possivelmente alguns embriões sejam reabsorvidos”, informou.

Do Portal NS/Por g1 SC e NSC TV

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